segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Uff !!!

Em resultado das eleições de ontem, o Bloco de Esquerda/Açores estreia-se, e logo com um Grupo Parlamentar, uma Deputada (Zuraida Soares, de S. Miguel) e um Deputado (José Cascalho, da Terceira ) ao obter 3,3% ( 2.976 votos ) contra os 0,97% ( 1.019 votos ) registados em 2004, aquando das últimas eleições fazendo, assim, história nos Açores e passsando a ser a quarta força política da Região.
Assim, e tal como afirmou Zuraida Soares, a líder regional do BE/Açores :
« é uma alegria partilhada com todos aqueles e aquelas que fizeram questão de lutar connosco na defesa de uma esquerda socialista plural que vamos levar para dentro do Parlamento Regional».

PS - vou "meter" umas mini-férias, prometendo voltar, tão cedo quanto possivel, à necessária abordagem crítica destas Eleições e aos "engasgos" da Democracia de Carlos César, cujo Partido, nestas eleições, perdeu 1 Deputado e 15.063 eleitores, num cenário de 53,24% de abstenção.

2 comentários:

José M. Sousa disse...

Apesar do merecedor festejo, acho que o resultado da abstenção deveria levar a uma profunda reflexão de todos os partidos, naturalmente, mas sobretudo daqueles que se propõem ser alternativa, como o Bloco. Porque não consegue mobilizar mais daquelas pessoas que se afastam de um dever/direito cívico tão importante? Naturalmente, a abstenção pode ter variadíssimas razões/explicações, mas a reflexão, aí nos Açores como cá, é urgente.

Anónimo disse...

Antes de mais, os meus parabéns pelo excelente resultado alcançado - o que permite, penso, a constituição de um grupo parlamentar - fruto, não tenho dúvidas, do esforço de quantos para isso trabalharam (com especial relevo para os expedicionários do Continente!).
Mas não deve deixar de constituir motivo de profunda reflexão, tal como lembra o José Sousa, a grande e crescente abstenção, em dia de sol e condições excelentes (ou seja, sem desculpas por parte do tempo). Sobretudo, acrescento eu, deve fazer reflectir a esquerda sobre o que está a impedir que a sua mensagem chegue pelo menos aos descontentes - tão descontentes que até deixaram já de acreditar no método democrático.
É mais um tópico para a reflexão que urge fazer sobre o conteúdo da alternativa que deve ser proposta para fazer face à desesperante situação actual para onde fomos arrastados, certamente também com culpas próprias.