Portugal, pela voz do MNE, informou-nos que vai reconhecer o Kosovo e juntar-se ao restrito clube de países (pouco mais de 40 dos 203 que existem) que já o fizeram. Apenas duas perguntas:
– Porquê agora? Ou, de modo mais explícito, o que é que mudou desde a declaração unilateral da independência por parte desta província sérvia até hoje, para o ‘nosso’ reconhecimento ter sido agora e não então?
– Pela mesma lógica, o que impede o MNE de reconhecer também a Ossétia do Sul e a Abcázia?
Respostas difíceis, quando a lógica da diplomacia se rege apenas na base dos interesses e das pressões internacionais (mais ou menos negociadas, com menos ou mais contrapartidas). Mas mais incompreensível se torna a tomada desta medida, agora, quando somos informados que este mesmo MNE apoia a Sérvia na sua proposta junto da ONU para que aquele processo venha a ser considerado ilegal !!!
Verdadeiramente arrasadoras as declarações de Carlos Santos Pereira na SIC/N, incluindo informações comprometedoras relativas a relatórios recentes da UE que apontam claramente pela inviabilidade absoluta deste Estado fantoche, associadas à da mais que provável razão por trás deste Estado: a instalação de uma base estratégica dos EUA no território.
Uma coisa parece certa: o MNE português acabou de perder, na cena internacional, boa parte da credibilidade que havia acumulado quando decidiu não seguir as referências ocidentais neste irregular processo (até pelo precedente aberto).
O comentário político a caminho das eleições
Há 3 horas
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