terça-feira, 10 de junho de 2008

65 (sessenta e cinco) horas semanais ?..

A União Europeia aprovou na madrugada desta terça-feira a extensão da semana de trabalho para além das 48 horas, um direito social consagrado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) há 91 anos.
Os ministros de Trabalho dos Vinte e Sete aprovaram, por maioria qualificada, a proposta da presidência eslovena que vai permitir a cada Estado-membro modificar a sua legislação para elevar a semana laboral de 48 horas até 60, em casos gerais, e até 65 para certos profissionais, como os médicos. Ler mais...

6 comentários:

Anónimo disse...

É de facto o retrocesso absoluto em direitos sociais, a capitulação completa perante a onda liberal que tudo varre e tudo pretende justificar. Depois como é que querem que eu não fale do mercado? Não são precisamente as razões de mercado que explicam e exigem, na boca dos seus responsáveis, este tipo de medidas?
E ainda pretendem camuflar as suas intenções, afirmando que ela só será concretizada mediante o acordo de ambas as partes. Como se as partes fossem contratantes iguais em capacidade negocial! Simplesmente inqualificável, mas significativo do poder do mercado, o tal...

Carlos Borges Sousa disse...

E, com todo o desplante, o Comissário Europeu do Emprego disse a este propósito . «Este é um grande passo em frente para os trabalhadores europeus e reforça o diálogo social. Mostra, mais uma vez, que a flexisegurança pode ser posta em prática.»
É de facto curioso este total retrocesso (45 para 65 horas)em que o avanço da ciência e da tecnologia deveria ser para potenciar e melhorar as condições de vida e de trabalho das Pessoas e assiste-se precisamente e muito desgraçadamente ao contrário.
Meu Amigo,
É a lei do MERCADO, dizem os neo liberais/neocons que e a propósito acrescentam que :«terá sempre que existir acordo dos trabalhadores.»
E, o problema, o grande problema é que ainda há quem acredite nisso.

José M. Sousa disse...

Estamos a caminhar precisamente no sentido oposto. A crise ambiental e a conversa sobre a sustentabilidade deveria conduzir a uma menor obsessão com a produção, o crescimento e o mercado. Já produzimos que chegue. O que é preciso é partilhar um pouco mais e levar uma vida mais sóbria, se é que queremos que este planeta dure para mais umas gerações. A tendência deveria ser seguir os franceses com as 35h ou até menos. E não venham com o papão da China. O aumento do petróleo tem consequências inesperadas.

Carlos Borges Sousa disse...

Caro Zé Sousa,
Acabo de (re)ler "As Alterações Climáticas : a existência de um novo paradigma" que, pese embora o teres escrito/publicado em Julho 2007, no Teu "Futuro Comprometido" continua, hoje e sobretudo agora, completamente "up to date".
Aliàs, pela sua importância e oportunidade, e caso estejas de acordo, estou a pensar em partilha-lo, aqui, no Quebrar sem Partir.

José M. Sousa disse...

Caríssimo
estás à vontade, nem precisas de perguntar. Então eu a defender os "Commons", se não quisesse partilhar estava em contradição :)

Um abraço

VRMendes disse...

Só o DIABO pode ter ideias destas.
Na minha opinião isto é só o princípio de qualquer coisa muito má que está para acontecer.
Os Masters da Europa estão possuídos!